
Hoje vieste ver-me, num sonho. Estavas no quintal, no teu quintal, forte, saudável, tranquilo. Estávamos todos contigo, até os tios. Todos falavam, numa algazarra, como era habitual sempre que estávamos juntos. No meio da confusão, eu olhava-te. Tu olhavas-me. Olhos nos olhos. E o teu sorriso... Entre nós não houve palavras, mas tu estavas ali, vivo, real. Não fiz esforços para te tocar porque sabia que não valia a pena, que aquela não era a realidade, que tu já não estavas ali. Apesar de sonhar, sabia que era apenas um sonho. Sabia que acordaria assim que fizesse qualquer gesto para te tocar. Curiosa, a nossa consciência...
Ao abrir os olhos, a dor, a profundidade da dor que me inundou e me fez chorar. Por isso, vem, vem ter comigo, olha-me, sorri-me como sempre, mas não nos sonhos, por favor, porque dói demais!...
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