
Uma história de amor e esperança para as "Estrelinhas" mais novas que todos os dias abrem este baú... Para que nunca, mas nunca deixem de sonhar!...
Era uma vez uma gaivota que se chamava Alice. Tinha umas asas enormes, cobertas de penas brancas e luzidias, que irradiavam um brilho intenso quando o sol as beijava, de mansinho, ao amanhecer. A gaivota Alice adorava voar. Ficava horas e horas a voar, a planar, a fazer voos rasantes que irritavam as pessoas que nadavam tranquilamente. Mas o que Alice mais gostava de fazer era voar mais alto que todas as outras gaivotas. Voar onde ninguém mais conseguia chegar. E ficar a ver o mundo lá de cima, onde tudo era tão pequenino que parecia da família das formigas. O que a gaivota Alice mais gostava nestes voos era estar sozinha, longe das outras gaivotas barulhentas, e poder ouvir o silêncio do céu, no meio das nuvens. Era um silêncio que não havia em mais parte nenhuma por onde voasse. Era profundo e ao mesmo tempo leve. Mas não pensem que era um silêncio, silêncio. Não, não! Era um silêncio com música. A música das nuvens a deslizar pelo céu, a música das gotinhas de chuva quando estava mau tempo, a música das suas asas a cortar o ar… Era um silêncio mágico, que só ela conhecia.
Um dia, a gaivota-macho Frederico observou com calma aquele voo arriscado, muito acima de todas as gaivotas do bando, que mantinham a altura ideal para poderem estar juntas e ir conversando sobre a sua vida, ao mesmo tempo que deitavam o olho aos cardumes de sardinha que iam passeando no mar. Nesse dia, Frederico sentia-se estranho, um pouco adoentado talvez, e deixou-se ficar na praia, sozinho. No mais alto dos céus, Alice voava, indiferente ao bando. De pálpebras cerradas, voava, voava, fazendo piruetas e sentindo o ar frio a abanar as suas belas penas. Frederico não compreendia como era possível uma gaivota aparentemente tão frágil voar tão alto e arriscar tanto, ficando sozinha no meio do céu e dos seus perigos. Assim que Alice terminou um dos voos rasantes e poisou as patas na areia, Frederico aproximou-se e perguntou, intrigado:
- Alice, porque voas tão alto, longe de todos nós?
Alice compôs as suas penas, sorriu e respondeu com tranquilidade:
- Porque lá em cima há coisas maravilhosas que não encontro cá em baixo. Se soubesses, Frederico, como é belo o mundo visto de tão alto! E o silêncio… Ah, o silêncio do alto dos céus é a coisa mais fantástica que existe!
Frederico continuava, curioso:
- Mas como és capaz de voar assim tão alto?
- É fácil. Basta querer, gostar, desejar. Depois fechas os olhos, concentras-te e passas a barreira que as gaivotas mais velhas dizem que é impossível passar. Depois disso, é só abrir as asas o mais possível e desfrutar!
- Levas-me lá? – perguntou Frederico.
- Claro que sim! – respondeu Alice, entusiasmada por poder partilhar o seu céu com o amigo.
E lá foram os dois, cúmplices da aventura. Ao chegarem perto da barreira, Alice deu a asa a Frederico e disse-lhe:
- Tu consegues! Fecha os olhos, respira fundo e…
Nesta altura os dois amigos passaram a barreira e Frederico sentiu-se como nunca havia sentido. Ao contrário do que diziam, o ar lá em cima era muito mais puro. E o corpo parecia mais leve, como se flutuasse. Frederico sentiu uma felicidade desconhecida invadir-lhe todas as penas, desde a ponta das asas até à cabeça. Quando olhou para o lado, Alice voava, serena e feliz, de olhos fechados. As suas penas tinham um brilho único, perfeito, como só ali podia haver. Frederico sentiu que o mundo lá em cima era tão bonito que não mais queria descer. Alice aproximou-se e disse a Frederico:
- Queres ouvir a música das nuvens a deslizarem no céu? É o silêncio mais bonito que existe! - e, dando a asa a Frederico, voou ainda mais alto para junto da estrada das nuvens. Aí, ficaram os dois a planar, em silêncio e de asas dadas, durante muito tempo.
Era quase noite quando regressaram à praia. Sentaram-se os dois na areia molhada, longe do bando, e ficaram a conversar até o sol começar a nascer no horizonte. Não tinham sono, nem fome, nem cansaço, porque aquele voo juntos, no alto do céu, deu-lhes uma força que não entenderam. Só sentiram que a vontade de voar começava novamente a nascer com o sol da manhã. E assim, aproveitando os primeiros raios da estrela maior, voltaram, asa com asa, a voar no mais alto dos céus, desafiando todas as regras de vida das gaivotas…
Um dia, a gaivota-macho Frederico observou com calma aquele voo arriscado, muito acima de todas as gaivotas do bando, que mantinham a altura ideal para poderem estar juntas e ir conversando sobre a sua vida, ao mesmo tempo que deitavam o olho aos cardumes de sardinha que iam passeando no mar. Nesse dia, Frederico sentia-se estranho, um pouco adoentado talvez, e deixou-se ficar na praia, sozinho. No mais alto dos céus, Alice voava, indiferente ao bando. De pálpebras cerradas, voava, voava, fazendo piruetas e sentindo o ar frio a abanar as suas belas penas. Frederico não compreendia como era possível uma gaivota aparentemente tão frágil voar tão alto e arriscar tanto, ficando sozinha no meio do céu e dos seus perigos. Assim que Alice terminou um dos voos rasantes e poisou as patas na areia, Frederico aproximou-se e perguntou, intrigado:
- Alice, porque voas tão alto, longe de todos nós?
Alice compôs as suas penas, sorriu e respondeu com tranquilidade:
- Porque lá em cima há coisas maravilhosas que não encontro cá em baixo. Se soubesses, Frederico, como é belo o mundo visto de tão alto! E o silêncio… Ah, o silêncio do alto dos céus é a coisa mais fantástica que existe!
Frederico continuava, curioso:
- Mas como és capaz de voar assim tão alto?
- É fácil. Basta querer, gostar, desejar. Depois fechas os olhos, concentras-te e passas a barreira que as gaivotas mais velhas dizem que é impossível passar. Depois disso, é só abrir as asas o mais possível e desfrutar!
- Levas-me lá? – perguntou Frederico.
- Claro que sim! – respondeu Alice, entusiasmada por poder partilhar o seu céu com o amigo.
E lá foram os dois, cúmplices da aventura. Ao chegarem perto da barreira, Alice deu a asa a Frederico e disse-lhe:
- Tu consegues! Fecha os olhos, respira fundo e…
Nesta altura os dois amigos passaram a barreira e Frederico sentiu-se como nunca havia sentido. Ao contrário do que diziam, o ar lá em cima era muito mais puro. E o corpo parecia mais leve, como se flutuasse. Frederico sentiu uma felicidade desconhecida invadir-lhe todas as penas, desde a ponta das asas até à cabeça. Quando olhou para o lado, Alice voava, serena e feliz, de olhos fechados. As suas penas tinham um brilho único, perfeito, como só ali podia haver. Frederico sentiu que o mundo lá em cima era tão bonito que não mais queria descer. Alice aproximou-se e disse a Frederico:
- Queres ouvir a música das nuvens a deslizarem no céu? É o silêncio mais bonito que existe! - e, dando a asa a Frederico, voou ainda mais alto para junto da estrada das nuvens. Aí, ficaram os dois a planar, em silêncio e de asas dadas, durante muito tempo.
Era quase noite quando regressaram à praia. Sentaram-se os dois na areia molhada, longe do bando, e ficaram a conversar até o sol começar a nascer no horizonte. Não tinham sono, nem fome, nem cansaço, porque aquele voo juntos, no alto do céu, deu-lhes uma força que não entenderam. Só sentiram que a vontade de voar começava novamente a nascer com o sol da manhã. E assim, aproveitando os primeiros raios da estrela maior, voltaram, asa com asa, a voar no mais alto dos céus, desafiando todas as regras de vida das gaivotas…
5 comentários:
Parece fácil, voar. Bem alto. Sem medo. Arriscando. Mas será a recompensa sempre assim tão bela?! Só os mais audazes saberão!
Tenho tentado subir mais alto a cada dia. Ainda a medo, sem coragem para grandes voos.
Beijinho grande e obrigada por todas as delícias que diariamente colocas no teu blogg!
Minha querida,
quando voamos por alguma coisa em que acreditamos ou que nos faz feliz, a recompensa é sempre bela, sim! Tenho a certeza que um dia voarás, livre, porque assim é o teu coração e o teu espírito.
Um beijo com tanta saudade como não imaginas...
As "Estrelinhas" agradecem! É verdade que todos os dias a visitamos, no seu baú, no qual aprendemos muitas lições de vida. Adorámos a história, e fique sabendo que temos uma avó que se chama Alice e tivémos, também, um gato que se chamava Frederico, que foi muito importante para a minha mana. Espero também um dia poder voar bem alto, tal como a Alice, e "olhar" o mundo com serenidade e esperança! Beijinhos das "estrelinhas". :)
P.S.- Cá continuamos, todos os dias, consigo a aprender muito sobre a vida, com o que escreve!
Queridas "Estrelinhas",
achei o máximo a avó Alice e o gato Frederico, quase que dá vontade de escrever outra história. A mim fez-me lembrar a minha avó Estrela :)e o seu gato, que passa a vida a segui-la para todo o lado, como se fosse o guarda-costas! :)
A vida está cheia de coincidências, não é?
Mas sabem uma coisa, só aprendemos sobre a vida vivendo, e eu também estou e continuo sempre a aprender isso! ;)
Beijinhos especiais!
( http://www.youtube.com/watch?v=9ZKcmBJTVKI )
Quando nos apetece gritar liberdade, rir e chorar ao mesmo tempo... e voar!!
~
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