30.9.09

Depósito de palavras

"Acho que estas sociedades frias fazem com que cada um fique com um depósito de palavras que deviam ter sido ditas e que não dissemos porque não tivemos ninguém para as ouvir. As tais palavras da alma. As palavras que exprimem o que não faz falta às coisas do mundo, aquilo de emoções e sentimentos que trazemos dentro à procura de um ouvinte, de um irmão de seita que saiba que o amor se exprime por coisas simples e vividas de outra maneira."

António Alçada Baptista, in "O Tecido do Outono"

2 comentários:

Anónimo disse...

No meio de toda esta frieza do mundo, ainda há duas almas que tiram tardes para falar de sentimentos, para rir e chorar com as palavras, com os sorrisos e com os olhares. Mas mais raro é essas mesmas duas almas encontrarem uma terceira e as três "falarem","rirem" e "chorarem", sem que uma delas esteja presente! Umas ouvindo as outras, umas a "lerem" as outras, ao som de Angel de Sarah Mclachlan (que uma redescobriu através da outra e que deu a conhecer à outra), não houve relógio, nada, só emoções...
Momentos únicos! Momentos que nos ampararam hoje, que ficam no tempo destas "irmãs de seita" que sabem que as coisas simples da vida, são vividas assim, simplesmente assim...
L.E.

Mafalda Branco disse...

Adorei estar nessa "reunião" de amizade, mesmo sem estar... :) É reconfortante encontrar "irmãs de seita" com quem partilhar as coisas boas e simples da vida.
Um sorriso com carinho!