
"Deixa-me fonte, dizia
A flor a chorar
Eu fui nascida no monte
Não me leves para o mar.
Ai balanços dos meus galhos
Balanço dos galhos meus
Ai claras gotas de orvalho
Caídas do azul do céu...
E a fonte sonora e fria
Com um sussurro zombador
Por sobre a areia corria
Corria levando a flor..."
Glória tinha razão. Aquilo era a coisa mais bonita do mundo. Pena que eu não pudesse contar pra ela que vira a poesia viver. Não era com flor, mas com uma porção de folhazinhas que caíam das árvores e iam embora para o mar.
José Mauro de Vasconcelos, in Meu Pé de Laranja Lima
1 comentário:
Que livro fantástico que me fez chorar a bom chorar em criança. Que saudades do Zézé!
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