Entrei. Apenas os meus passos nas pedras frias, nuas, desertas. Caminhei em direcção ao altar, a igreja era especial, monumental. Foi esta, mas podia ser qualquer outra. Aquilo que procurava podia encontrar em qualquer uma. O coração batia cada vez com mais força, medo? Culpa? Porque me escondia eu de Deus?
Ajoelhei-me, sorri. Sei que sorriste também por me teres ali. E depois desse sorriso, acabou o medo, a angústia, a ansiedade... Disse-Te aquilo que já ouviste tantas vezes no meu pensamento. E, aos poucos, a tranquilidade regressou. Sorri novamente. As lágrimas, ao contrário do que esperava, não vieram. Talvez porque algo mais forte (re)nasceu e a felicidade foi superior à dor que me havia levado até Ti.Caminhei pela Igreja com toda a calma e todo o tempo do mundo. Estavas lá, em tudo, sobretudo no silêncio com que me falavas.
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